4 importantes aprendizados do meu período sabático...

Rio Tapajós, ultima viagem feita após 1 ano em casa

Inicialmente é preciso contextualizar: para mim nunca foi uma opção ficar sem trabalhar. Desde os 12 anos trabalho de alguma forma, seja vendendo bijuterias, fazendo estágio como menor aprendiz, ajudando no comércio de meus familiares. Não por necessidade, mas nunca gostei de pedir dinheiro aos meus pais e isso me motivou desde muito nova a correr atrás do meu dinheiro.

No entanto nessa jornada pelo meu dinheiro, nunca havia parado para pensar direito na minha carreira profissional, as coisas foram acontecendo naturalmente e fui abraçando cada oportunidade que a vida me dava. Até então sem pensar se gostaria de continuar atuando na área comercial, se me via fazendo meu trabalho “o resto da vida”.

Após um ano extremamente desafiador, onde tudo que eu havia planejado não havia dado certo, que não consegui atingir minhas metas, me vi extremamente desmotivada e comecei a questionar se estava no caminho certo ou não. Revelei ao meu gestor da época que não estava motivada a continuar e como a empresa estava passando por reestruturação veio a calhar minha primeira demissão.

Nos primeiros meses coloquei minhas emoções na balança, entendi os reais motivos do meu descontentamento, infelizmente é muito fácil para nós colocarmos a culpa de nossos problemas em situações que não controlamos do que assumir responsabilidade na motivação diária. A possibilidade de avaliar depois de um tempo meu estado de espírito, me fez entender que só me desmotivei por que deixei que isso acontecesse. Após esse primeiro impacto, pude avaliar que o problema não era a minha área de atuação e sim o esgotamento que estava me gerando insatisfação.

E isso me leva ao segundo aprendizado desse período, “quando estiver cansado, aprenda a descansar e não a desistir” ouvi essa frase outro dia e me identifiquei muito. Às vezes nos desgastamos com situações que precisam apenas de um tempo, mas a ansiedade nos faz atropelar os pés pelas mãos.

Outro aprendizado desse período foi em relação ao tempo, quando estamos trabalhando sempre reclamamos de não ter tempo para estudar, praticar esportes, ou fazer qualquer coisa que tenha vontade e é bem clichê mas, realmente tudo é questão de prioridade. O tempo passou sem que eu percebesse, queria fazer intercâmbio, enquanto pesquisava sobre o assunto o tempo passou e eu não fui, queria aprender tocar ukelele, não priorizei e não aprendi. Mas tudo bem, novas oportunidades surgiram e eu aprendi outras coisas. Don’t worry, nenhum tempo é perdido, ainda posso fazer todas essas coisas se eu decidir que as mesmas devem ser priorizadas.

Quando saí do meu trabalho anterior estava decidida a mudar de área totalmente e fui a fundo nessa busca, fiz entrevistas em outras áreas, cheguei até trabalhar um dia em uma nova função em uma dinâmica de contratação. Li diversos livros, desde autoajuda à livros sobre negócios e foi através de uma oportunidade de ajudar uma amiga em seu negócio que pude perceber o quanto gosto da área comercial e entendi que sou boa naquilo que faço.

As vezes temos dificuldade de assumir que somos bons no que fazemos e talvez esse tenha sido meu melhor aprendizado. Saibam ouvir elogios sem desconversar, saibam suas qualidades, existe uma distância enorme entre conhecer seus pontos fortes, modéstia e arrogância. Portanto não tenha medo de ser bom em algo, todo mundo é muito bom em alguma coisa e ruim em outras.

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